Passar para o Conteúdo Principal
siga-nos

Logo VN Cerveira mais AquaMuseu

Aquário 4

Aquario 4

Aquário nº 4

Zona média do rio – afluentes

A existência de espécies exóticas é um problema sério e o meio aquático também não está imune a esta problemática embora não seja tão visível como nos ecossistemas terrestres como, por exemplo, o caso dos eucaliptos e das mimosas. Das 15 espécies de peixes de água doce que conhecemos no rio Minho, 8 são exóticas. O problema da introdução das espécies exóticas tem a ver, essencialmente, com as alterações que podem provocar nos ecossistemas. Podem, por exemplo, trazer doenças a que os peixes nativos nunca estiveram em contacto, podem começar alimentar-se das espécies nativas, podem começar a competir pelo habitat e pela alimentação com as espécies nativas. Há portanto toda uma série de questões associadas à introdução de espécies exóticas, daí ser completamente proibida a sua introdução. Há exemplos, como o lagostim vermelho americano e a ameijoa asiática, que provocaram alterações profundas nos ecossistemas. No caso do lagostim vermelho trouxeram uma doença provocada por um fungo que a população nativa de lagostins, que é o lagostim de patas brancas, nunca tinha estado em contacto, ou seja, não tinha defesas contra ela tendo dizimado populações completas. Aqui no rio Minho já só conseguimos encontrar lagostim nativo na zona da nascente, em Lugo, todo o resto do rio está povoado pelo lagostim vermelho da luisiana ou americano.

Neste aquário temos o Pimpão, de cor de laranja, branco. Podem apresentar várias cores. Está no rio Minho desde os anos 50 em que os pescadores falam dele desde sempre. É um peixe que, eventualmente, pode ser alvo dos pescadores desportivos e não tem valor gastronómico, é uma espécie exótica. Em relação à alimentação, pode abranger vegetais mas também tudo o que é restos de alimentos, materiais em decomposição. Eles andam muitas vezes na areia a tentar arranjar algum tipo de alimento.

Depois temos a Tenca, que é um peixe mais esverdeado, tons cinzento-esverdeados, olhos vermelhos. Apareceu no rio Minho nos anos 90. A questão da introdução dos peixes exóticos é muito da responsabilidade do homem, com uma ação direta. Outras vezes, pode acontecer de uma forma indireta, através, por exemplo, das águas do lastro dos navios.

Temos ainda uma introdução mais recente que é a Perca Sol. É um peixe mais alto, com pintas coloridas. Apareceu aqui nesta zona baixa do rio Minho há quatro anos e está na fase de explosão em termos populacionais. A Perca Sol é um predador, alimenta-se de outros organismos, podendo ter influência direta em outras espécies, por exemplo, em relação aos alevins, enquanto os peixes são mais pequeninos, e podem ainda competir pelos invertebrados. É um peixe que pode ter importância em termos de pesca desportiva.

A única espécie nativa que está aqui neste aquário é o Ruivaco. Na região também conhecido por Bogardo ou Panjorca. Tem a base das barbatanas vermelha. Tem importância em termos ecológicos (tróficos) porque servem de alimento a outras espécies. As enguias gostam muito de comer Ruivacos. Nas zonas onde há vegetação, macrófitas (vegetação aquática) são as zonas preferenciais dos Ruivacos.

Aquário 3                    Aquário 5