Cerveira registou aumento demográfico de 0,37% em 2019
Pela primeira vez, em uma década, o Município de Vila Nova de Cerveira teve “um pequeno, mas positivo” sinal demográfico. Entre 2018 e 2019, dos 10 concelhos do Alto Minho há três com ligeiros aumentos de população, sendo que Vila Nova de Cerveira é o que apresentou uma variação positiva mais interessante, de 0,37%, correspondente a 8.910 habitantes.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) fez uma avaliação comparativa do contexto demográfico nacional entre 2011 e 2019, revelando que Portugal perdeu cerca de 246,5 mil habitantes, o que corresponde a uma redução de 2,34% na população do país, e em 264 municípios (85,7% do total) o número de residentes diminuiu.
O caso concreto de Vila Nova de Cerveira não ficou à margem dos impactos nacionais, mas é o concelho do distrito com o registo menos negativo. Ou seja, entre 2011 e 2018, há variações percentuais negativas (2011: -3,56% e 2014: - 1,43%) de perda de população (o que equivale à variação menos negativa do Alto Minho). A tendência de melhoria culmina, em 2019, com um crescimento de 0,37% (o melhor resultado do Alto Minho).
De acordo com o edil cerveirense, “são dados interessantes por terem invertido a tendência de diminuição de população, mas ainda pouco relevantes, pois infelizmente a queda da demografia é um problema muito abrangente, e cuja resolução não pode ser única e exclusivamente localizada, mas antes num contexto mais geral, de âmbito nacional”. No entanto, Fernando Nogueira revela que, "com o intuito de perceber a dinâmica demográfica no concelho, as razões, o estado atual e as projeções", a Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira encomendou um estudo à Universidade do Minho que possa ajudar na adoção futura de medidas mais convincentes para prosseguir o caminho da recuperação demográfica.
O presente estudo do INE teve como ponto de partida o ano de 2011, marcado pela entrada da troika no país e pelas políticas de austeridade seguidas. Nesse período, a crise levou a uma redução na chegada de imigrantes, mas também a um aumento da emigração de portugueses que procuraram oportunidades de emprego noutros países.