Parceria no projeto Sudoang em prol da preservação da enguia-europeia
Durante três anos, o projeto SUDOANG desenvolverá ferramentas para que Portugal, Espanha e França melhorem a conservação da enguia-europeia, uma espécie ameaçada sobretudo devido ao comércio ilegal, destruição do habitat e alterações climáticas.
A enguia-europeia tem sido atormentada pela pesca ilegal, a pesca em excesso, a presença de barragens e as alterações climáticas. Como resultado, agora chegam às costas da Europa cerca de 8% das enguias-europeias que vinham no início dos anos 80. Portugal, Espanha e França lançaram o Sudoang, um projeto que pretende desenvolver ferramentas e métodos para a conservação e recuperação da enguia. A primeira reunião do projeto decorreu na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, entre os dias 30 de Maio e 1 de Junho, reunindo mais de 50 cientistas, técnicos, gestores, autoridades, pescadores e outros profissionais do sector.
O projeto Sudoang conta com a participação de centros de investigação e universidades – em Portugal, estão envolvidos o Centro de Ciências do Mar e do Ambiente da FCUL e o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto – e outros parceiros, nomeadamente gestores locais, regionais e nacionais, como a Agência Portuguesa do Ambiente, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas ou a ASAE. Também fazem parte destes parceiros organizações não-governamentais e associações de pescadores. O Aquamuseu do Rio Minho é um parceiro associado que terá por missão a divulgação do projeto e comunicação dos resultados junto das entidades regionais.
O projeto é liderado pelo ATZI, um centro de investigação do País Basco, e tem 1,6 milhões de euros, sendo financiado em 75% pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder), através do programa Interreg Sudoe.