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“Lampreia do rio Minho é produto de excelência para promoção em alta da época baixa”

09 Fevereiro 2018

Vila Nova de Cerveira acolheu, esta quinta-feira, a sessão pública de apresentação da IX edição da ‘Lampreia do Rio Minho – Um Prato de Excelência’. Mais de uma centena de restaurantes de Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Valença e Vila Nova de Cerveira voltaram a aderir à iniciativa da Adriminho. Entidade promotora aproveitou para anunciar um projeto mais amplo de valorização do território como destino gastronómico, turístico e cultural tendo como base a lampreia do rio Minho.

Pela proximidade ao rio Minho e pela importância histórica, o Castelo de Cerveira serviu de cenário para promover um dos eventos que, “numa parceria saudável entre seis municípios, dá mais escala e representatividade à lampreia e ao território ladeado pelo rio Minho”. Perante uma grande presença de entidades distritais e regionais, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Fernando Nogueira, realçou o impacto desta iniciativa “na promoção em alta da época baixa” em prol da dinamização e valorização cultural, económica e turística. “A lampreia do Rio Minho é única e, à forma mais tradicional de confeção, hoje já se apresenta como matéria-prima para trazer ousadia e inovação à mesa, num convite a outras gerações e públicos”, disse.

O Presidente da Adriminho, Manoel Batista, afirmou que este ano será de excelência para a região, por vários motivos. “Teremos milhares de visitantes, apresentamos um projeto e uma candidatura que visa a valorização da lampreia enquanto produto, e também está lançado o Concurso das 7 Maravilhas de Portugal à Mesa, ao qual esperamos que a lampreia tenha um lugar de destaque”.

Atenta ao fenómeno da gastronomia na região está a Entidade de Turismo do Porto e norte de Portugal que se fez representar nesta apresentação pública de uma iguaria emblemática pelo vice-presidente Jorge Magalhães. “Os indicadores são muito evidentes, e esta região tem uma vitalidade enorme, com produtos emblemáticos que se afirmam, entre os quais uma grande procura da lampreia. O Alto Minho é a região que mais cresceu em custo por quarto e este tipo de iniciativas ajuda e incita a esta procura”, assegurou.

Até 15 de abril, a ‘Lampreia do Rio Minho – Um Prato de Excelência’ envolve mais de uma centena de restaurantes de seis municípios do Vale do Minho, 15 dos quais são de Vila Nova de Cerveira.

Candidatura “Lampreia do Rio Minho: Um Produto de Excelência”

A Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Vale do Minho – Adriminho deu ainda a conhecer o projeto que pretende valorizar o território como destino gastronómico, turístico e cultural tendo como base a lampreia do rio Minho. “Lampreia do Rio Minho: Um Produto de Excelência” foi apresentado ao Turismo de Portugal e aguarda pela aprovação financeira, comparticipada a 90%, de mais de 230 mil euros.

A coordenadora da Adriminho explicou que entre os objetivos do projeto está a “atenuação da sazonalidade turística na região”, “a qualificação do produto Gastronomia e Vinhos, com enfoque especial no Turismo de Culinária”, e “a melhoria do emprego no setor da restauração”. Ana Paula Xavier sublinhou ainda que o núcleo principal de atividade é a Lampreia, criando uma oferta que torne os 4 meses de época baixa do turismo em meses de época alta na região. “Não se pretende promover um Turismo Gastronómico apenas concentrado na degustação da lampreia, mas sim apostar num produto que explora o edificado e o móvel, o material e o imaterial”, referiu.

Não obstante, o Aquamuseu do rio Minho também está a desenvolver um projeto que visa os conceitos de pesca sustentável versus consumo local, promovendo a diferenciação por sustentabilidade ambiental e pela informação ao consumidor. Nesta sessão pública, o COOPER_MINHO, Contribuição para a Gestão e Valorização de Produtos da Pesca do Rio Minho foi apresentado pelo diretor do Aquamuseu, Dr. Carlos Antunes, salientando os objetivos de “valorizar os recursos piscícolas do rio Minho e o património sociocultural associado, junto dos consumidores, em particular a lampreia e o sável; a distribuição de rendimentos dos agentes envolvidos na atividade piscatória de forma justa; a implementação de boas práticas junto dos profissionais envolvidos na atividade; a promoção da sustentabilidade dos recursos explorados e a criação e divulgação da marca associada a produtos da pesca para posterior registo”.

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