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Aquário 8

Aquario 8

Aquário nº 8

Estuário – sapal

O peixe-rei, aqui na zona conhecida por Morca, é um exemplo de um outro grupo de peixes que se chamam os peixes estuarinos. Chamam-se peixes estuarinos porque tem o seu ciclo de vida completo no estuário. No passado era muito apanhado como pesca acessória, mas era aproveitado para de consumo, faziam pastelões de peixe-rei. Ainda podemos encontrar muitas vezes peixe‑rei no supermercado mas é importado. Alguns tascos têm peixe-rei frito.

Temos a influência da água salgada. Podemos ver caranguejos verdes. Os caranguejos podem subir até à zona de Seixas, dependendo da influência da água salgada. No fundo/na areia, que nem sempre é possível ver, temos os peixes achatados/peixes planos/peixes chatos. No estuário do rio Minho temos, principalmente, a solha, o rodovalho e o linguado que têm um comportamento diferente em termos de distribuição no estuário. Enquanto o rodovalho praticamente só o encontramos em Caminha (na zona dos areios), por causa da influência da água salgada, o linguado já o podemos encontrar em Lanhelas, já consegue tolerar a diminuição da salinidade. A solha tolera muito bem a água doce. A solha reproduz-se, como os outros peixes chatos, na zona costeira, no mar. A partir de março começam a entrar no rio as larvas de solhas. Esta entrada pode prolongar‑se até maio.
Os peixes achatados quando nascem, nascem com um olho de cada lado e andam na coluna da água. A certa altura sofrem uma metamorfose e o olho migra para o outro lado, a boca fica torcida e só a partir desta altura é que eles ficam preparados para assentar na areia. Então as larvas de solhas que migram para o interior do rio completam a metamorfose e depois vão ficar no estuário para crescer, daí designar-se, ou dizer-se, que o estuário é um berçário para a solha porque muitos dos juvenis ficam aqui no estuário a alimentar-se e ao fim de três anos atingem a maturidade sexual e vão para o mar para se reproduzir. É nesta altura que muitas destas solhas são apanhadas na atividade da pesca. A solha que é apreciada aqui no rio Minho é uma solha com cerca de 20-25 cm de comprimento. Aqui na zona, faz-se a festa da solha em Lanhelas, a festa da solha seca, que ocorre em setembro. Como a solha tolera bem a água doce é possível encontrar solhas em Melgaço, mas com densidades menores. As densidades mais elevadas de solha no rio, ocorrem no estuário.

Os peixes achatados têm uma capacidade de se camuflar. Neste aquário, como o fundo é de areia, ficam enterrados, só com os olhos de fora, e têm a cor da areia.

Estão registadas mais de 50 espécies no rio Minho, muitas delas são marinhas que entram no estuário.

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